Dá-me tua mão
Agora, difícil é expulsar o frio do inverno que parece ter atravessado o calendário, para além do seu tempo, instalando-se nas almas de quem ficou e viu partir, em cinzas, as suas primaveras.
MAUS TEMPOS
Agora nos calamos
E já não mais cantamos.
Nosso passo é pesado.
É a noite, o seu tempo é chegado.
Dá-me a tua mão,
Talvez que seja longo este caminho ainda.
E a neve cai, a neve!
O inverno em terra estranha nunca finda.
Onde está o tempo
em que uma luz, um lar por nós ardia?
Dá-me a tua mão.
Talvez seja longo este caminho ainda.
Herman Hess